PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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sábado, 21 de janeiro de 2017

Cotas, Enem e Sisu mudaram o perfil dos alunos de graduação da UFMG


As políticas adotadas pelo governo federal no último quinquênio para a educação superior pública do país promoveram mudanças no perfil dos alunos de graduação da UFMG. A conclusão é da Pró-reitoria de Graduação, que realizou análise estatística do perfil do aluno matriculado na Universidade no período 2012-2016.

O recorte temporal foi estabelecido por englobar toda a complexa transição realizada pela Universidade em relação à forma tradicional de ingresso em seus cursos de graduação, processo que até 2012 concentrava-se no antigo vestibular.

Nos anos seguintes, esse ingresso foi afetado pela adoção da Lei de Cotas, em 2013, pela adesão ao Sisu, em 2014, pela adoção integral do Enem, também em 2014, e pela integralização da adesão à Lei de Cotas, em 2016, que vinha sendo gradativamente implantada pela Universidade no período 2013-2016, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Várias mudanças no perfil do calouro da UFMG decorreram dessas medidas: os ingressantes com renda familiar de até cinco salários mínimos, por exemplo, tornaram-se maioria e passaram a se distribuir de forma mais equilibrada entre os cursos, passando a alcançar também as formações mais concorridas, como Medicina e Direito.
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Fonte: UFMG

domingo, 15 de janeiro de 2017

UFBA aprova sistema de cotas na pós-graduação


Todos os processos seletivos para os cursos de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal da Bahia (doutorado e mestrados acadêmicos e profissionais) irão adotar o sistema de cotas: serão reservadas, no mínimo, 30% das vagas ofertadas para candidatos negros (pretos e pardos) e uma vaga a mais em relação ao total ofertado nos cursos para candidatos enquadrados em cada uma das categorias de quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e trans (transgêneros, transexuais e travestis).

O sistema de reserva de vagas foi aprovado na forma de resolução na manhã da quarta-feira, 11 de janeiro, no Conselho Acadêmico de Ensino (CAE), órgão que delibera sobre vagas para ingresso tanto na graduação quanto na pós, e já começará a valer para as seleções do segundo semestre de 2017.

A ação afirmativa, segundo o reitor João Carlos Salles, tem o objetivo de aumentar a participação de grupos sub-representados na comunidade acadêmica. “A resolução, associada às outras iniciativas de nossa Política de Ações Afirmativas, busca avançar na correção de desigualdades históricas, tornando a UFBA plena em sua vocação inclusiva”, disse.

Na visão do presidente do CAE, professor Francisco Kelmo, “mais que reparação, a resolução é oportunidade”, porque ela traz a possibilidade de pessoas que sempre foram excluídas mostrarem sua capacidade. Professor do Instituto de Biologia da UFBA, Kelmo lembra que as novas cotas representam uma continuidade ao acesso já oferecido pelas cotas da graduação, que permitem o ingresso na universidade de muitos que têm um forte desejo de crescer intelectual e profissionalmente, mas são barrados pelo racismo e pela discriminação.  “Agora, essas pessoas poderão ter acesso aos programas de pós-graduação e mostrar também aí que são capazes”.

“A UFBA vai além das definições da Portaria Normativa nº 13, de 11 de maio de 2016, do Ministério da Educação, que contempla apenas negros, indígenas e pessoas com deficiências e torna-se a primeira universidade do Brasil a preocupar-se, também, com a inserção na pós-graduação de quilombolas e trans”, disse o coordenador de ensino de pós-graduação da UFBA, Ronaldo Lopes Oliveira, que presidiu comissões especiais sobre o tema. Depois de consolidadas as cotas para a graduação, trata-se de ampliar a incorporação na Universidade da população que, no seu dia a dia, lida com demandas especiais, questões étnico-raciais, de origem e de identidade de gênero.

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